quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

               Dúvida


Vejo a luz que me ilumina,
Difusa e ténue entre a vidraça embaciada!
Quero partir para o mundo de Além
E conformar-me com a ternura do Nada!

Imiscuo minha alma no vazio,
Cubro-me com um manto de negra dor.
Escondo-me nas brumas pantanosas do ser
Espero, silenciosa, a chegada do Amor!

Grito abafado no âmago do sentir,
Corro de encontro ao Mundo, perdida
Fujo de mim, do medo, do sonho
Perco-me silenciosa, nas agruras da vida.

Quem sou, quem fui, que faço aqui?
Interrogo-me imersa na dúvida suplicante.
Não sei resposta, apenas dúvida!
Interrogação amarga, questão incessante.

                                                                 Ana Resende

domingo, 2 de dezembro de 2012

Poema -Vida breve

A vida é sonho passageiro,
Colagem de beijos dispersos,
Espinhos cravados na alma,
Prosa de abraços e versos.

É um rosto sem identidade,

Perdido na ausência do ser,
É dor que nos acalma o desejo,
Na ansiedade de viver.

Tão rápida se esfuma entre os dedos,

Tão breve a ampulheta da vida,
Cada instante como um último sopro.
Cada toque uma causa já perdida.

Feliz de quem vive o momento,

sem pensar que este já passou,
Que cada palavra derramada, 
É poeira de tempo que voou!

                                             Ana Resende

sábado, 24 de novembro de 2012

Agora que os Americanos estão a querer reduzir o número de funcionários Portugueses na base das Lages, talvez esteja na altura do estado Português permitir aos amigos Chineses, a criação de uma base no Arquipélago dos Açores.
Talvez desta forma os EUA consigam perceber a necessidade de ter em Portugal um aliado e não apenas um parceiro comercial que se descarta quando as coisas não estão bem.

domingo, 18 de novembro de 2012

Na promoção do nosso trabalho de "Petsitting" aqui deixamos as fotos de três amigos novos com quem tivemos o prazer de conviver nesta semana passada! São eles o Ty, o Shorty e o Max!
Trabalhar com animais não é um trabalho, é um prazer e uma diversão! Gostamos e esperamos repetir a dose com mais amigos simpáticos como estes!




Aproveitamos também para fazer um apelo em nome dos donos que vão partir para Inglaterra e não podem levar o Ty com eles!!! Quem estiver interessado em ficar de forma responsável com este simpático rafeiro de cor preta com oito anos de idade, para lhe dar carinho, amor e uma velhice condigna, contacte Pedro Félix: pfilix@gmail.com / 919222242










O Ty é um cão bastante afável, que gosta de ter o seu espaço, de correr e brincar e de uma boa paparoca!

Obrigada!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Recomendo particularmente no blog que abaixo cito, o artigo "Retrato do sentir no feminino" de Novembro!!! ;-)
Foi uma bonita crítica que me deixou muito orgulhosa e que hoje decido partilhar com todos com a maior humildade de alguém que escreve por prazer e que sente o que escreve!!!

http://notascomentarios.blogspot.pt/

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Crise da Dívida em Portugal e na Europa já não é de hoje. E o que aprenderam os Políticos? "ZERO"


Estávamos aqui a preparar uma aula de História e encontrámos estes dois excertos de notícias das últimas décadas do século XIX e princípio do século XX, que traduzem bastante bem não só o Estado deste país face à Monarquia vigente, como o próprio estado da Europa que passava por uma crise financeira. Afinal o que mudou e o que se aprendeu?

“O governo português anda mendigando em Londres um novo                                                                          empréstimo. Os nossos charlatães financeiros não sabem senão estes dois métodos de governo: empréstimos e impostos. (…)
É dinheiro emprestado e dinheiro espoliado. (…) E por fim não é dinheiro aplicado a nenhum melhoramento público; é só dinheiro para pagar juros da dívida e endividar-nos cada vez mais! (…)
É a dívida a multiplicar-se para não faltarem à corte banquetes, festas, caçadas e folias.”

Jornal A Lanterna, 17 de Dezembro de 1870

“Todo o país tem trabalhado, desde 1891, para se desembaraçar da crise, que é a mais profunda que país algum europeu está a atravessar.
É nesta situação angustiosa, que uma família alcunhada portuguesa, com uma dotação fixada pela lei na quantia de 525 000$00 réis –
absolutamente fabulosa para o nosso orçamento e para a nossa pobreza –
que esta família, tendo paços e casas, que o Estado lhes cede gratuitamente, ousou arrancar aos cofres do Estado, com a cumplicidade dos respectivos ministros, somas elevadíssimas! (…)”

Discurso de Afonso Costa (destacado republicano) no Parlamento, 20 de Novembro de 1906

sábado, 25 de agosto de 2012

O Serviço Público de Televisão em Portugal.

A maior vantagem das Democracias na minha maneira de ver é podermos expressar uma opinião. Alguns dirão que a maior vantagem de uma democracia é a liberdade. Peço desculpa aos que assim pensam porque acho que estão errados.

Eis o porquê:

1- As notícias que nos são transmitidas são manipuladas e manietadas com o objectivo de nos fazer pensar num determinado sentido.

2- A ideia de felicidade nas democracias é instigar-nos desde que nascemos à ideia de que, apenas consumindo é que seremos felizes, apenas tendo um carro topo de gama, uma vivenda de luxo e uma carreira de sucesso é que seremos felizes.Mas quando atingimos esse patamar, a seguir vem a exigência de que apenas o céu é o limite e que temos de continuar a abdicar da vida em prol de mais trabalho e de mais dinheiro para termos a felicidade suprema, algo que todos os seres humanos desde planeta podem ter sem ter de destruir o mundo.

3- As democracias anunciam a alta voz que num mundo democrático todos temos as mesmas possibilidades de sucesso, mas eu acho que um pobre que nasce em democracia não tem as mesmas vantagens que têm uma criança rica ou o filho de alguém influente! Muitos dirão que sim, que é possível e é verdade que temos alguns casos de sucesso, mas a maior percentagem das pessoas menos favorecidas da sociedade não fazem parte das estatísticas de sucesso.Porque nem todos nascem inteligentes ou racionais! Só que um filho de um rico pode dar-se ao luxo de falhar ou de experimentar o insucesso e mesmo assim vingar na vida, mas o filho de um pobre não pode cometer erros, não pode por exemplo reprovar ou deixar de tirar boas notas, tendo em consideração que ainda por cima não tem dinheiro para explicações.

Mas tudo isto tem apenas um objectivo:  a minha opinião sobre a decisão do governo de Portugal de vender o serviço público de televisão.

Na minha óptica a forma de privatizar era simples. Se é viável? Essa é outra questão. Mas um governo que não consegue gerir uma empresa, como pode gerir um país e mais, estamos a falar de uma empresa que recebe milhões de uma taxa injusta de serviços audiovisuais.
Portanto eu acho que o estado deve manter um canal de serviço público que teria de gerir com o dinheiro do orçamento de estado e sem publicidade paga e sem os ordenados milionários que são pagos a alguns dos funcionários e vender aos privados o outro canal e assim libertar os valores da publicidade paga que recebe.

Porque se o modelo proposto for para a frente então o nosso país ficará sem o único canal não pago que transmite um modelo de televisão que prima pela diferença em relação a todos os outros e a cultura nas suas mais variadas formas irá ficar mais pobre e todo um país irá perder mais uma fonte de informação e de divulgação cultural.
Mas é algo que não me espanta visto que o ministro que tem a tutela para decidir é sem mais nem menos o senhor Dr. Quatro cadeiras, portanto já vimos a onde isto vai desembocar! Será uma remodelação parecida com aquela da Senhora Espanhola de Borja. A esta senhora diziam-lhe já desde tenra idade que ela tinha muito jeito para pintar, aqui neste país à beira mar plantado uma Universidade diz que o Sr. Relvas tem muito jeito para gerir e governar!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A educação em Portugal

Governos atrás de governos, afirmam a alto e bom som que se deve investir na educação, porque um país moderno e desenvolvido precisa de um bom sistema educativo para que seja sustentável e competitivo.Mas infelizmente o que temos é políticos atirar areia aos olhos dos Portugueses.

Porque os governos resolveram investir milhões em infraestruturas, mas esqueceu-se que onde se deve verdadeiramente investir é nos processos de ensino e na avaliação de todo o sistema, de modo a que se possa compreender e avaliar ano após ano onde estão os problemas que levam a que as pessoas do nosso país sejam as que no final do seu percurso educativo, tenham um baixo conhecimento em comparação com as pessoas de outros países que possuem o mesmo grau académico.

Creio que se não fizermos nada, nos próximos anos iremos continuar com o ciclo de maus alunos, que vão originar maus cidadãos e consequentemente maus pais.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Experiência GOcar: uma nova forma de conhecer Lisboa (www.gocartours.pt/)

Neste fim de semana resolvemos fazer uma coisa diferente e radical: conhecer Lisboa a uma vertiginosa velocidade de cerca de 50 km por hora e bem mais próximo do chão do que é habitual: a experiência Gocar.
E o que é o GOcar? É nada mais nada menos que um simpático carro amarelo que se conduz como uma scooter, mas de forma bem mais fácil porque tem três rodas.
E lá chegámos a Domingo de manhã à Rua dos Douradores (Baixa Pombalina) para iniciar esta experiência.
O pessoal, extremamente acessível e simpático encarregou-se de nos orientar nestas andanças! Caução feita (não fosse o Diabo tecê-las), somos equipados com uma magnífica touca e um capacete e dirigimo-nos à la voiture.
"Já andaram de mota"? - pergunta o empregado.
Não - disse eu. "Sim", disse o Luís, "Mas já foi há muito tempo"!!!
Veio-me logo à memória o dia em que o meu marido em tempos idos teve aulas de condução de mota, fez um cavalo e mandou com o instrutor pelo ar!
Temi pela vida, confesso!
O rapaz disse que não era nada difícil de qualquer maneira, mas antes de partirmos verificou todas as mossas que o carro tinha, o que ainda menos em tranquilizou.
Bem, prontos para partir!
E lá saímos nós em plena Baixa Lisboeta!
Cabelos ao vento e subida louca em direcção à zona do Castelo de São Jorge.
No início não estava tranquila. "Devagar", repetia "Vai devagar".
Já nos imaginava capotados, sem dentes, a caminho do Santa Maria!!!
Mas depois, à medida que se apanha o jeito e confiança, é só desfrutar!
Ruas estreitas, vistas maravilhosas e dezenas e dezenas de turistas por quem passávamos a rir, a dizer-nos adeus, a fotografar e a filmar.
Adorámos!
Fomos ainda até Belém e foi uma loucura!
Há vários percursos à escolha: desde a Baixa Pombalina com os seus bairros típicos e ruas sinuosas e estreitas, às grandes avenidas que levam a Belém e muito mais!
Por tudo isto ficámos fãs e recomendamos esta fantástica viagem por Lisboa de uma perspectiva totalmente diferente.
Atenção ao trânsito e boa aventura!!!




quinta-feira, 26 de julho de 2012


Reflexão

Lembra-te quando que leres estas linhas daquilo em que acreditas e acreditaste sempre e o caminho a que te conduziu.
Sempre que a vida te colocar um partida pensa na mulher que nasceu e cresceu diferente.
Nunca desistas dos teus sonhos, ainda que sejam diferentes dos sonhos de toda a Humanidade. Se os sonhaste para ti e se eles te fazem feliz, então não pares de sonhar e acreditar que podem ser reais.
Quando as lágrimas te toldarem a vista e te impedirem de “ver”, pára, seca-as e reflecte sobre o chão que pisas e o céu que te cobre e encontrarás a resposta para as tuas preces, ainda que te sintas totalmente sozinha. Pega nesses momentos de solidão e lembra-te do porquê de os sentires, das decisões que tomaste e perceberás que tudo tem uma razão.
Não foi uma escolha. Quando alguém nasce diferente é diferente. Muitas foram as vezes em que procuraste ver o mundo pelos olhos dos outros, mas nunca conseguiste e isso trouxe ainda mais sofrimento. Sofrimento por ter que viver e rir das piadas de que não se achava graça ou, ainda mais difícil, parar de rir das piadas e suportar o olhar de quem nunca entendeu.
As muitas vezes que me senti só e deitei a cabeça no travesseiro a chorar nunca ninguém soube, nunca ninguém saberá. Vou levá-lo comigo. Aprendi que abrir o coração aos outros e darmo-nos desta maneira é perigoso, é um erro, ainda que no fundo os outros possam porventura sentir o mesmo e procurem secretamente o mesmo caminho nunca o irão admitir. A infelicidade é sempre coberta por um sorriso ou pelo esvaziar de mente com as preocupações banais do dia-a-dia. É um caminho sem regresso.
Também o meu é. Também o meu tem um destino solitário. No fundo somos todos uns solitários, embora muitos sejam solitários camuflados.
Olá a todos! 


Relembro que o meu livrinho de poesia ainda está à venda na Bertrand! 


Não se esqueçam de mim, vale a pena ler!!!É pequenino mas cheio de emotividade!!!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Este cãozinho foi resgatado de uma casa em chamas quando estava inconsciente. Os bombeiros arrefeceramo corpinho dele que estava muito quente e também deram oxigénio para respirar. Só então ele começou a acordar e recuperar os sentidos. Uma bela foto!Há que louvar a Humanidade destas pessoas!!!Bem-hajam!!!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um grande obrigado a todos os bombeiros portugueses e a todos os que lutam para proteger e preservar o país. Lutam contra os fogos e contra a má orientação politica!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Os nossos políticos não sabem governar,pois são corruptos, desumanos, governando para eles próprios e não para os Portugueses.
Quando o nosso Primeiro Ministro diz que temos de cumprir, custe o que custar, eu gostava de lhe perguntar  quando é que ele vai cumprir o que prometeu aos Portugueses,  custe o que custar.

A desumanidade é tão grande, que cada vez mais o interior é esquecido e abandonado pela nossa classe politica que não tem visão de futuro e governa apenas ao mês sem um plano ou um objectivo e que vai aumentando as assimetrias que existem no nosso país, empobrecendo o interior e fazendo com que o interior fique cada vez mais desertificado.


E como poderemos nós ter um país equilibrado se afastamos as pessoas do interior e as trazemos para os dormitórios das grandes cidades como Lisboa, Porto ou Coimbra?

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Nem todos podem tirar um curso superior. Mas todos podem ter respeito, alta escala de valores e as qualidades de espírito que são a verdadeira riqueza de qualquer pessoa"

"Tudo o que excede os limites da moderação tem uma base instável."



(Alfred Montapert)


Trabalho para casa
para o Sr. Ministro Relvas: leitura de pensadores como Alfred Montapert.    

domingo, 20 de maio de 2012


Complexidade do ser:

Há uns tempos, numa dessas conversas de circunstância, que na realidade nada teve de banal, dei por mim num interessante dialogo com uma aluna minha: somos o que pensamos ou pensamos o que somos?
Na realidade vejo-nos como sendo mais do que aquilo que pensamos porque a mente humana tem complexidade de raciocínio que ultrapassa muito mais do que aquilo que aparentemente vemos.
A bem dizer, isto dava pano para mangas e fez-nos encetar uma conversa que muito passava para lá dos limites da aula de História e prosseguia pelos meandros da complexidade filosófica do ser, do parecer, do ambicionar ser e do que de facto se é.
Fez-me pensar e eu gosto de pensar!
Infelizmente concluí que muitos nunca chegam a fazê-lo! Muitos tomam o certo por garantido, o óbvio como a verdade, o visível como real! 
Mas seremos apenas só isso?
Acho que o nosso cérebro é muito mais complexo do que uma qualquer explicação que possa aqui aspirar a dar!
A conversa deslizou solta para variadíssimas temáticas como o acaso e o destino, o controlável e o incontrolável, o psicopata e as razões motivacionais – o ser naturalmente bom ou naturalmente mau – as opções aparentemente voluntárias ou induzidas e por aí fora.
E depois de tanto aceso debate e especulações a que damos curso, apenas consegui concluir que é um mistério o ser ou não ser.
Somos supostamente a criatura mais complexa e evoluída na Natureza no entanto idealizamos os actos mais cruéis para com o nosso semelhante; somos simultaneamente o mais destrutivo mas aquele que é capaz das obras mais grandiosas; somos senhores racionais e emocionalmente fortes e dominantes, mas se abrirmos bem os olhos, a mente e o coração, somos capazes de aprender com os animais o verdadeiro sentido de altruísmo, afecto e amor incondicional.
Temos um cérebro imenso para explorar, mas perdemo-nos nas banalidades diárias, nas preocupações supérfluas, sem lhe dar o devido uso.
Acreditamos ser donos de tudo mas não conseguimos controlar o nosso fim.
Por isso pergunto-me: haverá uma centelha divina que tudo controla, uma alma que nos enche, ou seremos apenas resultado de uma imensa complexidade de circuitos neurológicos? 

A Europa:

 A união europeia trouxe ao mundo um novo conceito e uma nova ideia! Serviu e serve como um farol para conceitos e ideias que a maior parte das pessoas e países deveriam ambicionar implementar: a união de todos para conseguirmos algo maior que nós próprios.

Agora que se fala da saída da Grécia do €uro, em que Portugal e a Irlanda se encontram debaixo de um programa de ajuda financeira, em que a Espanha será a próxima nação a cair, urge alertar o comum cidadão europeu em especial os cidadãos dos países mais favorecidos da Europa, em que realço os cidadãos Alemães e os seus líderes, por ser a população mais numerosa e o país mais poderoso financeiramente.

Precisamos de uma solidariedade entre todos, mas…Atenção! Quando falo numa solidariedade não é a entrega de dinheiro a fundo perdido! Esse foi um erro crasso que a Europa cometeu durante muitos anos ao entregar dinheiro para desenvolver as regiões mais atrasadas da Europa, mas sem que existisse um objectivo bem definido para o futuro da união e um efectivo controlo da forma como esses fundos eram aplicados para que a criação de um Estado verdadeiramente Único acontecesse.

Se deixar-mos a Grécia cair, o euro irá ter muita dificuldade em resistir e o futuro da própria união europeia poderá estar em risco! E a seguir o que nos espera com a desagregação Europeia? Novamente guerras na Europa, fome e lutas sociais? Deixaremos o caminho livre para que os dois gigantes Estados Unidos e China dividam o mundo numa nova Guerra fria em que os países europeus são meros espectadores, porque sozinhos não tem poder nem peso suficiente para se fazerem ouvir num mundo cada vez mais globalizado?

Finalizando, eu espero como todos os cidadãos europeus e mesmo do mundo, que têm uma visão diferente para um planeta que está a chegar ao seu limite de sustentabilidade, em que os modelos políticos e financeiros do passado já não nos servem, se unam, para que cada dia que passa mais e mais pessoas acordem e digam “não” a ser escravo de um sistema em que poucos têm muito e onde muitos têm pouco!

terça-feira, 8 de maio de 2012


Olá a todos,

Conforme o prometido aqui estão as fotos do lançamento do livro da Alexandra, que decorreu na Biblioteca de Loulé no dia 31 de Março de 2012 pelas 15:00 horas.

Pedimos desculpa pela demora na colocação das fotos,mas felizmente temos andado bastante ocupados com trabalho



Aqui a Alexandra com a Drª Idália Farinho (durante a apresentação)


                                      A escritora já na fase dos autógrafos 
                                                O clímax:  as massas em delírio

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Olá a todos,


É só para informar que o lançamento do livro da Alexandra que decorreu na Biblioteca de Loulé, foi muito bonito e que em breve colocaremos aqui fotos e mais informação sobre o mesmo.
No entanto queremos desde já agradecer a todos os que estiveram presentes e também aqueles que gostariam de ter estado mas que não puderam.
Eu também gosto de escrever, não tanto poesia e nem acho que tenha jeito, mas a ouvir a poesia da Alexandra lida em voz alta e com tanta emoção das pessoas que a leram, desejei saber criar algo assim tão bonito.

terça-feira, 13 de março de 2012

Lançamento do livro de poesia "À Flor da Pele"


Olá a todos!

O lançamento do livro da Alexandra já tem dia e hora marcada: será no dia 31 de Março por volta das 15h30mn na Biblioteca Municipal de Loulé!


Estão todos convidados, por isso, não faltem!!!


Obrigado

sábado, 10 de março de 2012


Errar é humano?

Vivemos e crescemos impregnados desta ideia tão desvirtuosa de que "errar é humano".
Tal se deve ao peso imenso que tem na nossa sociedade a cultura judaico-cristã na qual imbuímos a nossa forma de estar e de nos comportarmos!
"Errar é humano" não é mais do que uma frase feita que induz a nossa forma de estar há mais de dois mil anos!
Assentamos a nossa mente no pressuposto de que somos seres imperfeitos em busca constante de aprendizagem, de crescimento, mas sempre sabendo que jamais poderemos atingir essa perfeição, pois ela é um privilégio dos deuses e não dos comuns mortais.
Mas não foi sempre assim! Na Antiguidade Clássica e no apogeu das Antigas Civilizações, buscava-se o ideal de perfeição quer no corpo quer na mente - mens sana in corporem sanum - privilegiando-se o ser humanista.
E porque não ir beber novamente dessa fonte de conhecimento e dessa máxima de vida?
É galopante uma mudança social de mentalidades que deixe de nos encarar como números, como peças substituíveis, e nos passe a encarar pelo valor que temos.
Ao invés de nos assustar e de nos tornar seres temerosos que fazem e obedecem por repetição, porque não encarar-nos pela virtude e pelo nosso crescimento enquanto pessoas individuais?
Errar não tem que ser humano, embora faça parte de nós e da nossa formação de princípios. Mas poderá contudo ser o mote para crescermos enquanto pessoas, superar-nos a nós próprios e valorizando-nos pelo que somos, aplaudindo-nos mutuamente e convidando-nos a darmos o nosso melhor, não em prol da massificação profissional da força de trabalho descaracterizadora do indivíduo, mas sim, com base no ser único, individual, capaz, que se distingue pelo seu mérito e merece reconhecimento por tal!

sábado, 3 de março de 2012


Novidade Fresquinha!!!


Já está à venda a 1ª edição de um dos  
nossos livros: neste caso um livro de poesia da Alexandra.

Sejam amigos: E se puderem comprem e ajudem-nos a divulgar.
Estamos a preparar o lançamento e desde já estão todos convidados para dia e hora a indicar em breve!


Obrigado


Em baixo estão os sítios onde o poderão adquirir: (versão em Papel e E-book) 
http://www.worldartfriends.com/store/1479-ana-alexandra-luz-resende-a-flor-da-pele.html

http://www.worldartfriends.com/store/1480-a-flor-da-pele.html

domingo, 26 de fevereiro de 2012


País a saque…

Olá a todos!
Creio que há demasiado tempo estamos a pecar pela nossa inércia generalizada face à situação em que o nosso país se encontra e queria deixar aqui apenas uma pequena nota relativa à (in)segurança!!!
Penso que mais do que nunca vivemos num clima de medo com assaltos generalizados, barbaramente violentos, sem qualquer pudor pela vida humana!!!
Será esta a sociedade em que queremos viver? Será esta a sociedade que queremos legar aos nossos descendentes?
Todos os dias me choco perante a aparente indiferença de quem legisla e de quem se protege com seguranças enquanto os restantes são deixados à sua sorte!
Quero viver num mundo mais humano! Um mundo em que não viramos a cabeça quando alguém é agredido, um mundo em que não fechamos os olhos ou mudamos de canal perante a violência nas notícias que nos chocam mas as quais recebemos com uma aparente resignação de quem sente que nada pode fazer!
Podemos fazer sim! Mais do que isso, temos obrigação de exigir a quem tem poder para efectuar a mudança!
Comecemos pelo nosso país! Quem é que neste momento se sente identificado com a realidade em que vivemos? Quem é que neste momento se sente português quando o seu país está corrompido até ao tutano?
Não vou apontar aquele dedo xenófobo de quem dispara em todas as direcções…vou apenas cingir-me à realidade! Vivemos num eminente período de forte conturbação social que a qualquer momento poderá explodir com sérias consequências! E não falo nisto apenas porque vivemos um período de crise em que muitos esperam e desesperam até à loucura por soluções que nunca surgem! Falo de todos aqueles que roubam, matam e maltratam não para dar de comer a quem nada tem, mas sim, os que se aproveitam da fragilidade das leis, da ordem pública, para dar azo aquilo que têm de pior dentro de si…o seu lado monstruoso, desumano de quem nada respeita, de quem nada teme, porque nada ama!


O PARADIGMA DA EUROPA (UNIDA OU DESUNIDA)

Nos últimos tempos temos ouvido na comunicação social, que alguns países do “Euro”, da “União Europeia” ou da Europa pretendem deixar cair a Grécia.
Como puderam constatar mencionei o “Euro” e a “União” como se fossem diferentes conceitos de Europa!

Mas, na realidade, todos teremos de fazer parte de uma Europa Unida e quando digo “todos “refiro-me mesmo a todos os países do velho continente, porque ao contrário do que pensam Alemães e Franceses que ainda vivem ou sonham com os períodos históricos em que os seus países representavam Impérios, a realidade de hoje é esta que vos vou agora apresentar.

EUA: 300 milhões de habitantes, quase uma mesma língua em todo o território, a mesma cultura e um objectivo comum.

CHINA: 1200 milhões de habitantes, quase uma mesma língua em todo o território, a mesma cultura e um objectivo comum.

EUROPA: 400 milhões de habitantes diferentes línguas, diferentes culturas, diferentes objectivos.

Se não criarmos regras e conceitos que nos possam albergar a todos dentro de um objectivo comum, então mais vale desistirmos já e seguir cada um o seu caminho, porque um cidadão Alemão não é igual a um cidadão Grego ou Português! Se os Gregos aplicaram mal o dinheiro que lhes foi entregue ou se deturparam e esconderam os números da sua economia, foi porque as instituições europeias assim o permitiram! Só podemos aprender com os erros, repará-los rapidamente, penalizar e exigir mais daqueles que não cumpram os objectivos se a isto acrescermos o respeito pelas diferentes culturas que todos os Países representam! Porque a nossa força reside na União.

A União Europeia é um farol para o Mundo em que podemos demonstrar que os povos podem viver em comunhão e com objectivos que visam o bem comum das populações de vários países.

O EMPREGO
A partir do momento em que permitimos que produtos “made in China” invadissem a Europa sem impor medidas que controlassem a qualidade dos mesmos, em que condições foram produzidos, tanto humanas como ambientais (porque o ambiente na china raramente é acautelado e os direitos humanos raramente são respeitados e muito menos os direitos dos trabalhadores que a Europa passou tanto tempo a lutar para conseguir), abrimos a Caixa de Pandora!

A mão de obra é tanta e tão barata, que todos os países da União Europeia que não possuam tecnologia para acrescentar valor aos produtos que produzem e exportam, estão já a perder e vão perder ainda mais postos de trabalho industriais e outros para uma china que está ávida.

Portanto, exactamente como os EUA fazem, estados menos produtivos que outros, têm de ser ajudados pelos mais ricos e produtivos, para que possamos trazer um equilíbrio à União Europeia para que não haja uma Europa a duas velocidades ou Países ricos a Norte e pobres a Sul.

A MOBILIDADE
Temos de criar condições para agilizar e facilitar a mobilidade dos trabalhadores de diferentes países pela Europa toda, mas apenas os trabalhadores, porque os malfeitores têm de ter a vida dificultada, já que, desde a entrada em vigor do protocolo de Schengen, os malfeitores entram e saem dos países com grande facilidade!
No entanto esta mobilidade poderá permitir que um empreendedor em qualquer parte da Europa saiba que mesmo que na sua região não tenha a mão-de-obra que necessita, poderá requisitá-la rapidamente, permitindo assim a criação de riqueza e de postos de trabalho de que a Europa tanto necessita!

A PRODUTIVIDADE
Em termos de produtividade baseada na mão-de-obra barata, a Europa e os EUA não podem competir com a CHINA.

No entanto podemos apostar fortemente na tecnologia e no valor acrescentado nos produtos porque temos uma vantagem que nem a CHINA ou EUA possuem: temos diferentes culturas de ensino e diferentes culturas de vivência que resultam de sermos uma união de diferentes povos como já atrás mencionei e essa diferença permite à Europa ter as ferramentas para actuar e pensar em várias direcções! Essa é a nossa vantagem: a diferença e não a semelhança!

Se pudermos conjugar a eficiência Alemã com a criatividade Italiana, a confiança Francesa e a capacidade de comunicação Inglesa,  a Técnica de venda Espanhola e as qualidades de muitos outros, teremos uma capacidade muito maior para enfrentar as dificuldades. Mas para isso precisamos realmente de uma União Europeia e não de uma Alemanha ou uma França que às vezes são europeias porque lhes interessa!o

Os nossos políticos têm de governar para os europeus e não para os seus povos e muito menos para as eleições seguintes.

A CULTURA
Neste aspecto a Europa já se encontra bem à frente da China e dos EUA. Apenas perdemos para os EUA na área do espectáculo (o denominado “showbizz”) e, mais uma vez porque não temos uma real União Europeia, pois se houvesse uma maior cooperação e divulgação, o cinema europeu bem como os conteúdos televisivos e a música moderna, estariam a gerar mais receitas e postos de trabalho.

No entanto a Europa é o continente que mais tem a oferecer em actividades culturais e históricas! Afinal, nós somos o “Velho Continente”! Nós tivemos os Gregos, os Romanos, os Descobrimentos, o Renascimento, o Iluminismo, a Revolução Industrial…

Temos o Big Ben, a Torre Eifell, o Coliseu, a Torre de Belém...

O Flamenco, o Fado, a Valsa, a Tarantella…

O Croissant Francês, o pastel de Belém, a cerveja Alemã, o Queijo francês, o vinho italiano e Português, o Iogurte Grego e tanto, tanto mais…

Culturalmente um “comum cidadão” Europeu é uma pessoa muito mais preenchida que um “comum cidadão” Americano, que normalmente apenas sabe que os EUA são o centro do mundo e que o resto do mundo são os outros.

Mesmo em termos de comunicar, usando uma segunda língua em alguns países europeus, não é uma necessidade, é uma questão de sobrevivência!

Infelizmente a mesma desunião que se tem verificado em relação a muitos aspectos é particularmente sentida na questão linguística onde os cidadãos de Países como o Reino Unido ou da França não fazem o menor esforço para comunicar com os seus “concidadãos europeus”.
Sim, “concidadãos”! Porque se nós Europeu quisermos ser uma voz ouvida no mundo ou ter realmente peso num futuro muito próximo, teremos que ser não uma união mas sim um estado federado e para ontem! Porque se assim não for teremos sempre uma brecha por onde interesses de outros possam sempre entrar como se verificou com as agências de Rating!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



O nosso País…inho!

Numa singela nota a uma das imensas ditas petas com que o nosso país nos bafeja, eis que me surge uma digna de nota entre tantas outras que me saltam para o colo diariamente:
Tenho uma mãe que trabalhou toda uma vida (bem mais do que os escassos dez anos em que trabalho)!
Estamos a falar de mais de 30 anos de serviço, começados ainda aos 17 anos, num país em que muitos favorecidos nem devem saber o que isto quer dizer e maior parte dos nossos governantes ainda andavam de fralda ou a tentar enquadrar-se nas escolinhas partidárias na ânsia de criar nome e rebuçado para o futuro, que isto sem “doces” políticos não se vai a lado nenhum!!!
Há cerca de um ano e meio viu-se obrigada a despedir-se com justa causa face a longos meses de ordenados em atraso e de suar as estopinhas por um trabalho que assim a agraciou!
Perante esta situação viu-se forçada a ir engrossar as listas de desemprego sem esperança de emprego. Sim, porque quem lá vai na esperança de receber um emprego desengane-se! Ainda mais tendo em conta que, segundo este país que não é para velhos, nem para novos, apenas um país de “catroguices”, “cavaquices”, “socratices” e “coelhices”, com mais de cinquenta anos já não se está apto para trabalhar! Aliás, o mal começa a partir dos 35!!!É vê-los já velhos e de andarilho a percorrer as nossas ruas e a jogar dominó nos parques!!!
Claro está que se formos ver bem se calhar estamos mesmo velhos com 35 anos! Então se os políticos passam pelo “poleirinho” e em meia dúzia de tempo de serviço já têm direito à reforma, é porque trabalhar é mesmo desgastante de facto! E o cansaço que a coisa dá!
Mas não fugindo ao assunto que me trouxe: tentou então a minha mãe perceber se poderia ter a reforma antecipada já que descontou longos e longos anos para a poder obter e…qual não foi o espanto (se é que isto ainda nos espanta) que ficaria a ganhar menos do que o ordenado mínimo se o fizesse antes dos 65!!!E digamos que, se o fizer nessa altura também não ganhará muito mais!
Decidiu-se por ficar como está!
Mas como se não bastasse agora e após muita insistência do Centro de Emprego e para não perder o subsídio a que tem direito, teve que ir estudar! Sim, estudar à noite! Estudar à noite para fazer uns créditos para ter o 12.º ano completo, evidentemente que não para arranjar um emprego, porque esse já só existe a muitos anos-luz e num Universo paralelo, mas sim para agradar às massas e fazer de conta que se está a fazer alguma coisa de útil, enquanto muitos mais novos se arrastam pelos cantos ociosos e à espera de subsídios de reinserção e rendimentos mínimos garantidos (não generalizando, claro).
E lá anda ela então, não digo feliz e contente porque seria uma mentira mas sim contrariada e resignada numa atitude de quem já nada espera deste país.
Mas, para cúmulo dos cúmulos, tem que ir de quinze em quinze dias, como tantos desgraçados neste país, “picar o ponto” à Junta de Freguesia, numa espécie de termo de identidade e residência no qual se enquadram bandidos e trabalhadores, para fazer prova que faz procura activa de trabalho e levar uma carimbadela no papelinho!
Eis então o seu espanto quando hoje chegou à Junta e o seu nome não constava das estatísticas de quem recorria ao subsídio de desemprego! E porquê perguntam vocês? Ora para quem está mais atento a resposta já o atingiu: porque a inscreveram nos estudos nocturnos e assim “faz-se de conta” que é menos um a engrossar a enorme taxa de desemprego deste país e a vergonha em que ele se está a tornar!!!
E como diria o nosso saudoso Fernando Pessa: “E esta hein?”

Ilações da Crise:


Homens gananciosos criaram a crise que afectou o mundo e que está a pôr em causa os fundamentos em que se baseou o capitalismo durante décadas: que todos têm uma oportunidade de serem alguém desde que vivam num país em Democracia e que abrace o Capitalismo.

Mas infelizmente esta crise provou que não é bem assim, porque um cidadão que viva num País como os EUA tem condições e factores que alguém que vive em Portugal não possui!

Mas na sua ganância exagerada, estes homens e mulheres, conseguiram fazer o que durante anos as organizações humanitárias vinham alertando, bem como as organizações ecológicas e os defensores dos animais!

Precisamos de um Mundo sustentável e uma partilha do mesmo mais equitativa!

Tem de deixar de haver o 1% do mundo com tudo e o restante 99% com os restos!

Assente nesta ideia, é importante perceber que na crise também há a possibilidade de explorar de forma positiva as situações que nos surgem:

Nº 1 – Abrir os olhos para o maior número de pessoas possível para lutarem por um mundo partilhado.

Nº 2 – Exigir dos Governos maior fiscalização e regulamentação dos mercados de capitais e da banca, taxando fortemente esses lucros astronómicos para que possam ser distribuídos pelos menos favorecidos da sociedade.

Nº 3 – Obrigar os países exportadores de armas a efectuar um relatório anual detalhado com todas as exportações efectuadas.

Nº 4 – Exigir dos Governos uma maior sensibilidade em relação à preservação do nosso mundo animal e vegetal, para que possamos todos viver em harmonia.

Nº 5 – Permitir que o Terceiro Mundo tenha finalmente “canas de pesca para pescar” e não peixe já pescado e entregue por outros que buscam apenas interesses.

Nº 6 – Fomentar diariamente o fim da corrida às armas em todo o planeta para que um dia não nos matemos a todos e fomentar a aplicação dos milhões usados para o desenvolvimento de armas, em  prol do bem do Homem, e não para a sua morte.

Nº 7 – Estimular diariamente o fim da ideia hipócrita de que uns têm direito a possuir mais do mundo do que outros, em que uns pagam 50 € por uma refeição e outros vivam com 1€ por dia!

Nº 8 – Para quê pagar tanto por artigos de determinada marca se todos nascemos sem marca? De que cor é o sangue do homem rico ou do homem pobre, do nobre ou do vagabundo?

Nº 9 – Incentivar o Homem a terminar com o racismo a xenofobia porque somos todos iguais e sem ar, água ou comida, brancos, pretos, amarelos ou vermelhos todos iremos morrer.

Nº 10 – Aproximar as religiões para acabarmos com a violência religiosa porque todas elas afirmam no seu âmago que a Entidade superior quer o nosso bem. Todas elas têm bases comuns e apelam ao bem entre os homens e à compreensão do próximo.


A segunda Batalha de El Alamein será sempre lembrada como o início da derrocada das forças do Eixo no Norte de África e um dos marcos decisivos na Segunda Guerra Mundial.

Após essa batalha Winston Churchil pronunciou o seguinte "Isto não é o fim. Não é sequer o princípio do fim. Mas é, talvez, o fim do princípio.".

E que princípio poderá ser este que estamos a assistir neste início do Século XXI? Não é o fim de uma era desigualdades entre humanos, nem o princípio do fim da fome no Mundo mas sim o fim do princípio de uma mudança de mentalidades no Homem, que se espera que continue para lá do princípio anunciado!

sábado, 4 de fevereiro de 2012


Uma peça na engrenagem

"Todo o tempo é composto de mudança", disse-o Luís Vaz de Camões. Todas as épocas
têm as suas particularidades e todas as vontades são resultado do tecido social e económico vigente.
Toda a História é uma lição. Uma lição mal aprendida e repetida em intermináveis erros que nos têm conduzido inevitavelmente às mesmas clivagens, aos mesmos receios e à mesma realidade: um fosso intransponível entre ricos e pobres.
Talvez, olhando para trás no tempo, estejamos a viver na época em que mais nos aproximamos de uma pressuposta igualdade, ou, pelo menos, uma maior abertura a todos de mais oportunidades e por tal, ousámos sonhar mais alto!
Mas na verdade não será toda essa aparente abertura um véu de encobrimento de uma realidade em que apenas alguns efectivamente, exercem o poder, enquanto outros se subjugam com maior ou menor resignação?
Está na hora de dizer um basta!
Não um "basta" ao regime democrático, não um "basta" ao Capitalismo mas sim um "basta" à injustiça social na qual temos vivido desde sempre, desde que o mundo é mundo e que o Homem é Homem!
De facto poder-se-ia pensar que não passamos de pequenos parafusos na engrenagem da grande máquina social, complexa, senhora de si, que crê funcionar de forma autónoma, sem controlo, sem dono, sem mestre.
Mas se apenas uma peça se solta dessa engrenagem, ainda que a máquina não ceda, pode já não funcionar em plena forma, do seu modo egoísta e despreocupado, com uma clara ausência de escrúpulos.
E se essa pequena peça suportasse outras peças que, face à sua ausência, se vão afrouxando e soltando da grande máquina até caírem, a máquina não terá mais força para andar e acabará por ceder e talvez nunca mais consiga ser reparada! Porque a verdade que nos falta pronunciar alto é esta: cada peça é fundamental, única e insubstituível. Cada peça é uma peça chave para que o mecanismo funcione! O mecanismo, que se julga autónomo, não funciona com peças enferrujadas ou frouxas. O mecanismo que se julga autónomo precisa de ser oleado para que trabalhe sempre bem. Não oleá-lo em excesso para se tornar gorduroso e ganhar um excesso de força que acredita natural mas que ultrapassa a sua verdadeira capacidade de trabalho! Precisa de ser oleado na medida certa para que colabore sem queixas ou limitações, para que não emperre ou parta, para que não deseje deixar de funcionar.
Talvez seja a altura de perceber que a singela peça da engrenagem é importante! Porque cada peça tem o seu espaço próprio, cada peça encaixa onde deve encaixar, cada peça desempenha a sua função e cada peça precisa de outra peça para fazer a diferença!

domingo, 29 de janeiro de 2012



 Desafio

Soluções para um mundo melhor.
Todos os dias nos queixamos das incertezas da vida, dos problemas imensos e assoberbantes que nos arrebatam a vontade de lutar, dos aumentos, do trabalho, das despesas, mas...que podemos fazer nós para tornar a nossa vida mais leve e melhor? Que podemos fazer nós para mudar o nosso pequeno mundo e, posteriormente, o grande mundo.


Dêem a vossa opinião e lembrem-se que nenhuma ideia por mais estranha que pareça, não possa ter pernas para andar!!!

Liberdade

Todo o Homem é composto de muito e de nada. Tem um manto de protecção contra as forças invisíveis do Universo que lhe permite ter o ar arrogante e altivo que tão bem lhe conhecemos e nos reconhecemos. Achamos que estamos acima de qualquer outra coisa, de qualquer outra criatura à face da terra, mas depois, perante as mais singelas coisas, mostramos toda a nossa fragilidade.
Observando em redor vejo pessoas que se refugiam em realidades alternativas para escapar à consciência do mundo que as rodeia, temendo sofrer e enlouquecer. Mas, porque não escutar os verdadeiros apelos do mundo e procurar ser melhor?
Todos passam atarefados nas suas vidas, nos seus trabalhos, tentando passar a imagem que as suas escolhas são fundamentais, que a pressa é essencial, que a urgência era para ontem, exactamente porque têm medo de enfrentar a realidade. Mas, porque tem a realidade de ser dura? Porque transformamos tudo num enorme e caos?
Se parássemos só um pouco para perceber o que realmente conta dos nossos inúmeros problemas que nada são, perceberíamos que existem coisas que se movimentam muito para além do pequeno espaço que fica entre os nossos passos e o nosso umbigo, o nosso orgulho e a nossa altivez, o nosso “sentido de responsabilidade” que muitas vezes não é mais do que uma desculpa para falhar a quem nos rodeia.
Tristes pessoas tão ocupadas que povoam este mundo e que não param um segundo para perceber que correm para lado nenhum!
É curioso como as respostas mais simples estão sempre à frente dos olhos e tendemos a ignorá-las.
Comecemos por uma das muitas questões que se poderiam abordar: a liberdade.
Poderemos realmente considerar-nos livres com todas as escolhas que fazemos diariamente ou estaremos condicionados a vários factores que nos impedem de exercer com total consciência e ausência de grilhões, as nossas opções?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Sobre…viver

Num mundo em que tudo se tornou problemático e complexo, quantos já não deram por si a suspirar por algo diferente? Quantos não estarão neste momento a ter pensamentos profundamente dramáticos e quantos não estarão agora no seu local de trabalho, nas suas casas, num transporte público a conter um grito há muito abafado? Quantos não sonham em ter, pura e simplesmente, uma vida diferente?
Alguns poderiam alegar que esta forma de pensar é notoriamente ocidental, pois só quem já atingiu um determinado patamar social ou económico se pode dar ao luxo de se dispersar em pensamentos filosóficos.
Não é verdade. Eu sou uma pessoa como tantas outras, com uma vida igual a tantas outras. Saio todos os dias para o trabalho como qualquer pessoa comum mas, se é que existe uma diferença em mim, então ela reside unicamente na vontade de contrariar a tendência de ser apenas mais um número na estatística da vida e também no facto de ser uma observadora atenta e curiosa da realidade que me rodeia.
Já me passou a idade das utopias. É interessante acompanhar a nossa progressão mental e apercebermo-nos como coisas que nos pareciam tão certas até uma determinada idade, não passam no fundo de mitos e histórias imbuídas de fantasia.
Mas, se há algo que não se dissolveu na idade das aventuras foi a capacidade de sonhar e um enorme desejo de viver.
Quantos de nós não começam exactamente nesse ponto, a passagem de criança para adulto, a desistir de acreditar?
Passamos a nossa infância, quando nos é possível experimentá-la de um modo saudável e normal obviamente, pois esta minha análise não permite contemplar todas as realidades paralelas, a sonhar a fantasiar, a vestir e a despir personagens lendárias e a viver aventuras intermináveis em que nos colocamos normalmente na posição de heróis e todos os desafios nos parecem superáveis, graças ao enorme poder da imaginação e tenacidade de ser criança.
Na adolescência e juventude começam as interrogações e por vezes as revoltas, a contestação ao meio, mas, em casos patologicamente ditos como normais, os sonhos permanecem e crescemos convictos de que tudo vai correr bem e a vida vai trazer sempre tudo aquilo que desejamos, basta acreditar.
Depois chegamos à idade adulta e o choque é tremendo de tal forma que, quando damos por nós, já não há sonhos, já não há heróis, apenas farrapos humanos arrastando-se dia após dia entre contas para pagar, filhos para criar, famílias desestruturadas, patrões exigentes, esperando apenas que, o dia que aí vem seja um pouco melhor que aquele que acabou.
Será isto minimamente saudável ou racional? E de quem é a culpa?
Muitos alegam que é da sociedade, do ritmo de vida actual, da falta de oportunidades, mas, não será possível parar com as lamentações direccionadas para tantos alvos e contrariar essa tendência? No fundo fomos nós que criámos a sociedade tal como ela é. Talvez possamos eventualmente direccionar a nossa energia noutro sentido e modificá-la.
Se pensarmos bem, o que é que o progresso nos trouxe? É certo que se fizeram invenções extremamente úteis e interessantes que nos vieram facilitar a vida e outras colori-la também, mas se elas servem tal propósito, porque é que tudo nos é cada vez mais difícil, mais negro, mais fatalista?
A verdade é que não conseguimos controlar, por mais evolução que se consiga atingir, esse monstro irrefreável que corre quase sempre contra nós…o Tempo.
Às vezes dou por mim a pensar num mundo que já não existe e que agora nos parece tão distante do alto das nossas construções de betão, dos telemóveis, das nossas ligações USB wireless, dos IPAD, dos IPOD e tantos outros de que nem consigo recordar o nome!!!
 Era um mundo em que se conversava sobre tudo e sobre nada, em que as portas se abriam de par em par, sem ter medo dos intrusos e sobretudo era um mundo em que as emoções afloravam mais livre e sinceras, menos reprimidas e desonestas.
Nem tudo são rosas e nem tudo são espinhos, mas a verdade é que até as flores já não cheiram da mesma maneira. Podemos obter a cor que quisermos, o cheiro que quisermos, a grandeza que quisermos.
Precisamos de mimo, carinho e compreensão mas deixámos escapar por entre os dedos o mais belo da inocência que é a capacidade de ouvir e aceitar tudo sem julgar porque tudo é belo.
Que mundo é este em que se perderam os valores mais importantes? Que é isto de ser adulto?
Passamos anos a ensinar os nossos filhos que o mundo pode ser bonito, a incutir-lhe o gosto pela aprendizagem, pela aventura, pelo desporto, pela música, entre tantas outras coisas, para depois lhes lançarmos um balde de água fria de responsabilidades, deveres e conformismo?
Seremos nós melhores do que ditadores? Sim, somos todos culpados de virar as costas e fechar os olhos, de banalizarmos a vida com frases como “tem de ser”, “é mesmo assim”, “é a vida”.
Tudo se torna penoso, doloroso, frio, automático.
Como é que podemos chorar tanto com a morte de alguém mas termos esquecido de lhe alegrar a vida? Choraremos realmente com a morte dos outros ou estaremos a chorar com pena de nós próprios pelo tempo perdido e a triste constatação de que todos vamos terminar ali, frios, inexpressivos, um pedaço de carne já sem alma e temendo no fundo que todos nos esqueçam, que tudo passe, que nada valha a pena? Mas, não partirá de facto a alma ainda em vida? Porque deixamos morrer no auge do tempo o que está vivo? Porque não alimentamos aquilo que realmente deve ser alimentado?
Quantos rostos sem luz observamos todos os dias, presos dentro de um corpo que já não é seu, alheios de outra realidade que não seja a de sobrevivência no mundo onde já não reconhecemos nada, nada nos parece próximo ou pessoal, tudo nos parece flutuar em redor, num limbo inalcançável?
O facto é que todos nós somos culpados do estado em que as coisas se encontram e todos nós somos directamente responsáveis por um afastamento do calor humano que cada vez se traduz numa maior e maior solidão.
É certo que inventámos tantas coisas úteis e brinquedos para nos distrairmos mas, quantos é que já não deram por si fartos e fartos da rotina?
O mais grave é a nossa incapacidade e medo de falarmos dos problemas e dúvidas que temos.
Criámos, cada um individualmente, um escudo protector que nos coloca a uma distância de segurança de todos os que nos rodeiam.
Quantos não sentem cada vez mais que tudo lhes é impessoal, que nada dura, que tudo acaba?
Não é fácil viver de forma verdadeira e íntegra, aliás, parece que da maneira como todos se movimentam neste mundo, como num jogo de xadrez sempre à espera de uma oportunidade de exercer xeque-mate sobre alguém, parece que cada vez é mais difícil.
Mas há que fazer opções e tentar levar as nossas escolhas a direito, mesmo quando as bombas rebentam ao nosso lado.
“Às vezes a vida é mesmo dura”, é uma frase muito frequente e que ouvimos constantemente. Mas não é bem verdade. A vida está lá à nossa frente à espera de ser percorrida. Somos nós que por vezes escolhemos sair do trilho e metermo-nos por atalhos e por vezes muitos dos viajantes que se cruzam no nosso caminho também nos indicam a direcção errada e trocam as placas deliberadamente para nos baralhar.
É uma aventura. É um risco. Mas vale a pena em última instância.
Vale a pena se nos sentirmos realizados e vale a pena sobretudo quando conseguimos criar laços com os que nos rodeiam. É de facto muito bom dar e receber, é deveras maravilhoso ver um sorriso nos lábios de alguém que agradamos com um gesto e é único sentir o poder que um abraço ou um beijo sincero pode ter.
Quem são os outros para julgar as nossas escolhas? Quem foi que determinou o nosso percurso sem nos perguntar? Isso é o mesmo que nos comprarem um bilhete para um sítio e nos obrigarem a embarcar numa viagem sem nos perguntarem se estaremos interessados em fazê-la!
Não! Não há viagens obrigatórias, com paragens determinadas.

Há uma viagem muito pessoal, que nos deve impelir a comprar um bilhete nem que seja para o sítio mais estranho de todos, se nos apetecer, devemos seguir sem hesitar e depois se verá quais as surpresas que esse caminho nos reserva.