Liberdade
Todo o Homem é
composto de muito e de nada. Tem um manto de protecção contra as forças
invisíveis do Universo que lhe permite ter o ar arrogante e altivo que tão bem
lhe conhecemos e nos reconhecemos. Achamos que estamos acima de qualquer outra
coisa, de qualquer outra criatura à face da terra, mas depois, perante as mais
singelas coisas, mostramos toda a nossa fragilidade.
Observando em
redor vejo pessoas que se refugiam em realidades alternativas para escapar à
consciência do mundo que as rodeia, temendo sofrer e enlouquecer. Mas, porque
não escutar os verdadeiros apelos do mundo e procurar ser melhor?
Todos passam
atarefados nas suas vidas, nos seus trabalhos, tentando passar a imagem que as
suas escolhas são fundamentais, que a pressa é essencial, que a urgência era
para ontem, exactamente porque têm medo de enfrentar a realidade. Mas, porque
tem a realidade de ser dura? Porque transformamos tudo num enorme e caos?
Se parássemos só
um pouco para perceber o que realmente conta dos nossos inúmeros problemas que
nada são, perceberíamos que existem coisas que se movimentam muito para além do
pequeno espaço que fica entre os nossos passos e o nosso umbigo, o nosso
orgulho e a nossa altivez, o nosso “sentido de responsabilidade” que muitas
vezes não é mais do que uma desculpa para falhar a quem nos rodeia.
Tristes pessoas
tão ocupadas que povoam este mundo e que não param um segundo para perceber que
correm para lado nenhum!
É curioso como
as respostas mais simples estão sempre à frente dos olhos e tendemos a
ignorá-las.
Comecemos por
uma das muitas questões que se poderiam abordar: a liberdade.
Poderemos realmente considerar-nos livres com todas as
escolhas que fazemos diariamente ou estaremos condicionados a vários factores
que nos impedem de exercer com total consciência e ausência de grilhões, as
nossas opções?
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